Psicologia na Endometriose

A Endometriose é uma doença crónica complexa e repleta de desafios, com grande impacto na qualidade de vida das portadoras e respetivas famílias, em diversas áreas das suas vidas.

A Psicologia desempenha um papel crucial no suporte emocional e no cuidado integral em portadores de Endometriose.

Quer seja na gestão da dor, na aceitação do diagnóstico, na diminuição da sintomatologia emocional, nos desafios diários, na saúde reprodutiva, na relação conjugal, autoestima, dispareunia, sensação de incompreensão ou na adesão aos tratamentos, a Psicologia fornece apoio, colo, compreensão e suporte para lidar de forma mais adaptativa e eficaz com a patologia, reduzindo a dor, a solidão e a incompreensão geral e promovendo o bem-estar geral.

A Endometriose é considerada uma das doenças mais dolorosas do mundo e por este motivo e pelos anteriormente identificados, é crucial o apoio especializado para que se consiga viver uma vida com menos dor.

Psicologia na Infertilidade

A Infertilidade é uma condição que afeta muitos casais, trazendo consigo um impacto emocional significativo e desafios psicológicos profundos.

A psicologia da infertilidade é uma área especializada que se dedica a compreender e a apoiar os indivíduos e/ou casais que enfrentam este caminho, oferecendo ferramentas para lidar com os efeitos emocionais, sociais e relacionais desta condição.

O objetivo da Psicologia na Infertilidade é sobretudo reduzir o stress, dor e ansiedade, fortalecer a resiliência emocional, melhorar e facilitar a comunicação no relacionamento conjugal, apoiar na tomada de decisão, promover o bem-estar geral da paciente e também, reduzir a sensação de incompreensão e solidão ao longo de todo o percurso.

Não existem dois percursos iguais e é importante que o paciente tenha a atenção e a dedicação especializada que merece com base na singularidade que o carateriza. Não é um caminho fácil e isento de emoções negativas, mas com a ajuda da Psicologia pode ser menos doloroso, menos solitário e menos sombrio.

Psicologia na Gravidez

A gravidez é um período de profundas mudanças físicas, emocionais, psicológicas e sociais. Este momento é pautado pela expectativa e preparação para a chegada de um novo membro da família, podendo trazer desafios emocionais significativos:

• Ansiedade e stress.
• Depressão pré e pós-parto.
• Alterações do Humor.
• Medo do parto.
• Imagem corporal e autoestima.
• Isolamento social.
• Preparação para a parentalidade.
• Desafios conjugais.

Sabemos que a gravidez é muitas vezes romantizada, ao ponto de parecer não haver espaço para sintomatologia dolorosa ou pensamentos negativos, porém reconhecer e abordar os desafios psicológicos durante a gravidez é essencial e promotor da saúde mental e do bem-estar da família e do bebé.

Psicologia da Parentalidade

A Psicologia da Parentalidade procura explorar aspetos emocionais, psicológicos e relacionais envolvidos na parentalidade, promovendo o bem-estar da família num todo. Tem como principal objetivo apoiar, compreender e orientar as famílias na criação dos seus filhos com base no que é funcional para eles sem descurar a segurança e a responsabilidade do processo.

Educar uma criança pode ser altamente desafiante e vai muito além das competências parentais dos progenitores. Parece existir uma pressão absurda sobre a “conduta perfeita” de educação fazendo com que muitos progenitores se sintam insuficientes para os seus filhos.

O processo terapêutico visa a compreensão da realidade familiar, promovendo a exploração de estratégias eficazes no respetivo contexto, potenciando o bem-estar geral da família.

Sem fundamentalismos, a Psicologia da Parentalidade defende e reconhece que cada família é única e procura respeitar a diversidade de valores, crenças, estruturas e rotinas familiares. Aqui valoriza-se sobretudo a estabilidade emocional dos progenitores e/ou cuidadores, fornecendo um espaço seguro para total expressão das preocupações, dúvidas e principais dificuldades.

Psicologia na Dispareunia

A Dispareunia é caraterizada pela dor decorrente das relações sexuais, podendo ter um impacto profundo na saúde emocional e psicológica das mulheres, afetando diretamente a sua saúde sexual e possivelmente a saúde sexual conjugal.

Os desafios psicológicos associados a esta condição são múltiplos e frequentemente interligados:

Ansiedade antecipatória ou medo da intimidade, sentimentos de tristeza e desespero, isolamento social, diminuição da autoestima, impacto corporal negativo, dificuldade de comunicação com o/a parceiro/a, tensão conjugal, redução da qualidade de vida, dúvida sobre a identidade sexual e a sensação de incompreensão total por parte da rede social são alguns dos imensos desafios associados a esta patologia.

A Psicologia nesta área tem um fator protetor, facilitando a expressão emocional e reestruturação cognitiva, fornece suporte emocional e estratégias de relaxamento adaptativas, trabalha a comunicação e expressão emocional com o/a parceiro/a e promove o bem-estar da paciente.

É comum associar-se o sexo a algo fácil, inato e prazeroso, mas é importante perceber que não é transversal a todos e pode ter outras patologias associadas.
No caso de Dispareunia, uma equipa multidisciplinar é essencial: Psicologia, Ginecologia e Fisioterapia Pélvica.

Terapia de Casal

A Terapia de Casal é vista com frequência como algo remediativo, mas na verdade funciona muito bem como um fator protetor e facilitador da qualidade de vida geral e da conexão do casal.

Em casais que enfrentam Infertilidade, Endometriose ou Disfunção Sexual, é muitas vezes crucial, uma vez que é frequente identificar nestas situações ausência de expressão emocional, comunicação disfuncional e/ou inexistente, interpretações e vivências díspares, isolamento social e dor significativa associada.

Benefícios:

• Melhoria da comunicação e intimidade.
• Redução do stress e ansiedade.
• Aumento da conexão emocional.
• Resolução de conflitos.
• Exploração e suporte emocional.
• Adoção de estratégias eficazes.
• Promoção do apoio mútuo.
• Melhoria da qualidade de vida individual e conjugal.

Fazer Terapia de Casal não deve significar que a relação está fragilizada, pelo contrário. Fazer Terapia de Casal é ter a capacidade de perceber que podem ser ainda melhores e ter a vontade e dedicação de trabalhar nesse sentido.